CLARO: NEGOCIAÇÃO AVANÇA,MAS PROPOSTA NÃO ATENDE
Na terceira reunião com a CLARO, ocorrida hoje, 02/10/2024, a empresa trouxe uma proposta financeira muito distante da realidade de sua própria situação.
Enquanto os trabalhadores continuam a apresentar bons resultados, capazes de melhorar as receitas da empresa, o retorno possível parece difícil.
Na reunião do dia 26/09, o reajuste estava em 1%, e apenas para abril de 2025. Na reunião de hoje, a empresa avançou, é verdade. Mas ainda permanece muito, muito distante de repor as perdas aplicadas aos salários dos trabalhadores desde setembro de 2023.
Além de não alcançar o índice de inflação do período, a proposta aponta o reajuste para 2025, fora da data-base, com a ideia de compensar 7 meses com um abono pífio.

Novamente, a empresa não traz respostas às rotinas que estão impactando o dia a dia e nem sequer se dignou a agendar uma reunião específica para discutir as demandas apontadas desde a primeira reunião, como metas abusivas de vendas, problemas no plano de saúde, problemas na jornada de trabalho com o retorno do home office e registro de ponto. Além dos transtornos provocados pelas empresas terceirizadas que nada cumprem — nem lei, nem convenção, nem acordo coletivo. Isso sem contar os R$ 150 milhões que a empresa quer tomar posse através da TELOS.
Vejam a proposta:
- Reajuste: 2% sobre os salários vigentes em 31/08/2024, a partir de março de 2025;
- Abono compensatório de R$ 680,00;
- VA/VR: reajuste de 3%, a partir de outubro de 2024;
- Demais benefícios: reajuste de 3%, a partir de outubro de 2024.
A Comissão Nacional de Negociação LIVRE negou a proposta e reforçou o tamanho das perdas já acumuladas pelos trabalhadores desde a pandemia, sem reposição dos índices inflacionários desde então.
A empresa acenou com nova data para reunião no dia 08 de outubro próximo.
Até agora, a empresa já teve um aumento de quase 7% nas receitas e, consequentemente, nos lucros. Enquanto as receitas e os lucros aumentam, os percentuais do PPR diminuem. Isso se repete sempre: no início do ano, os indicadores mostram uma ampla tendência positiva. No segundo semestre, quando, normalmente, toda a economia cresce, os indicadores do PPR da CLARO começam a cair. Não nos é dado acesso aos dados para entender. Apenas recebemos o resultado final no próximo ano.
É hora de ampliar a mobilização! Temos direito a uma parte maior que isso!