Oi: Estrela Cadente

As negociações entre os trabalhadores, as trabalhadoras e a empresa Oi estão longe de um desfecho positivo. A companhia foi a última a iniciar as tratativas para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, e, até agora, a proposta apresentada tem sido considerada insatisfatória pelos representantes dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Na única reunião realizada até o momento, a contraproposta da Oi causou surpresa: um reajuste salarial de apenas 1,5%, a ser aplicado em maio de 2025, sem nenhum outro benefício adicional. A reação dos trabalhadores e das trabalhadoras foi de imediata rejeição, sem espaço para maiores diálogos. “É inaceitável”, afirmam representantes da Federação Livre, que lembraram a famosa frase dos poetas mineiros: “Vento de maio, estrela cadente, chegou o fim da viagem”.

A situação financeira da empresa é reconhecida, mas os trabalhadores e as trabalhadoras também enfrentam desafios. Com a inflação acumulada dos últimos 12 meses em 3,71%, o reajuste oferecido de 1,5% está longe de ser aceitável. Para efeito de comparação, a V.tal, , concedeu um reajuste de 3,71%, retroativo a setembro, tanto nos salários quanto nos benefícios.

Uma última reunião está marcada para a próxima semana, na qual a diretoria da Oi terá a chance de rever suas condições. Caso isso não ocorra, os trabalhadores estão prontos para endurecer a luta, com a possibilidade de convocar uma assembleia e paralisar as atividades. “Chega de os executivos e acionistas saírem ganhando, enquanto os trabalhadores ficam para trás”, finalizam os representantes.

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