TIM tenta empurrar reajuste abaixo da inflação e adiar correção salarial para 2026

Após três rodadas de negociação por videoconferência, a TIM apresentou, nesta terça-feira (16), uma proposta considerada decepcionante pela Comissão de Negociação da Federação Livre. A empresa sugeriu aplicar apenas 3% de reajuste em salários e benefícios e ainda postergar o pagamento para fevereiro de 2026, seis meses após a data-base da categoria, que é 1º de setembro de 2025.

Além do reajuste, a operadora ofereceu um abono de R$ 1.000,00 a ser pago em outubro de 2025 e acenou com a criação de uma cláusula específica para tratar do uso da Inteligência Artificial e seus impactos nos empregos. No entanto, não apresentou qualquer proposta de ganho real para recompor o poder de compra dos trabalhadores, que amargam perdas acumuladas.

A Federação Livre lembrou que a inflação medida pelo INPC no período já ultrapassa 5%, o que por si só já corrói os salários atuais. Os sindicatos que compõem a comissão, representando os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco, Amazonas e Rondônia, reivindicam, além da reposição integral da inflação, um aumento real de 5% para salários e benefícios.

Segundo os representantes sindicais, a TIM, apesar de acumular lucros expressivos, não aplica reajustes na data-base há vários anos e também não concede ganho real. “Essa proposta ignora a realidade vivida pelos trabalhadores e não condiz com a capacidade financeira demonstrada pela empresa”, avaliou o membro da comissão Evaniel Medeiros do Sinttel-RO a comissão ainda é formada por Nilson Hoffmann (Sinttel-ES), José Félix (Sinttel-PE), Sergio Lima (Sinttel-RJ) e Fábio Ferreira (Sinttel-AM).

As negociações seguem sem acordo e terão nova rodada presencial nos dias 7 e 8 de outubro, no Rio de Janeiro.

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