V.TAL/NIO: Federação Livre rejeita proposta e denuncia precarização
A Federação Livre e a Comissão de Negociação iniciaram, no dia 2 de outubro, as tratativas do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2027 com a empresa V.tal/Nio. Logo na primeira rodada, a companhia apresentou uma proposta considerada pelos representantes dos trabalhadores como insuficiente e prejudicial à categoria. Além de propor um reajuste salarial de apenas 2,35% a partir de setembro de 2025 — índice muito abaixo da inflação do período —, a empresa sugeriu um piso salarial de R$ 1.617,77 apenas para janeiro de 2026.
Na área de benefícios, a proposta incluía vale-refeição e vale-alimentação na proposta da empresa em 2,35% em todos os benefícios a partir de setembro. A empresa, porém, pretendia excluir cláusulas importantes, como o pagamento de VR/VA sobre horas extras e a possibilidade de adiantamento de férias. Também defendeu mudanças no banco de horas, propondo compensação em até um ano, sem acréscimos, no sistema de hora por hora.
Para a Federação Livre, o pacote apresentado não apenas falha em recompor as perdas salariais causadas pela inflação, mas também representa um retrocesso em direitos historicamente conquistados. Os dirigentes reforçaram que “em direitos adquiridos não se mexe” e que a V.tal/Nio deve negociar com base na pauta aprovada pelos trabalhadores, que exige reajuste integral pelo INPC (5,05%), acrescido de ganho real. A entidade destacou ainda que está disposta a discutir revisões de cláusulas anteriores, desde que essas alterações não resultem em precarização.
Diante da negativa da bancada laboral, o representante da V.tal/Nio afirmou que levará as demandas dos sindicatos para análise interna e se comprometeu a apresentar uma nova devolutiva na próxima reunião, marcada para o dia 15 de outubro. Até lá, a Federação Livre segue mobilizada e convoca os trabalhadores a se manterem atentos e unidos na defesa de seus direitos.