Federação Livre cobravalorização e rejeita proposta rebaixada da Vivo
A Federação Livre, representando os sindicatos dos estados do Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia, participou da segunda rodada de negociação com a Vivo no processo de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Desde o início da reunião, a Federação reforçou a importância de que a empresa apresente propostas condizentes com o esforço e a dedicação dos trabalhadores e trabalhadoras, lembrando que a data-base da categoria é 1º de setembro e que o INPC do período acumula 5,05%, o que exige, no mínimo, a reposição integral das perdas inflacionárias.
A Vivo, no entanto, apresentou uma proposta considerada muito aquém das expectativas da categoria: apenas 3,78% de reajuste salarial a partir de agosto de 2026, mais um abono de 50% do salário nominal com pagamento em novembro de 2025 com o mínimo de R$ 1.600,00, 3,78% de reajuste no VA/VR também em agosto de 2026 e um abono compensatório no cartão alimentação no valor correspondente a 41,5% da carga mensal, com pagamento em novembro de 2025. Os demais benefícios seriam reajustados em março de 2026 no percentual de 3,78%, com manutenção das demais cláusulas existentes. A Federação Livre classificou a proposta como rebaixada, destacando que ela representa mais de 25% de perda, já que a Vivo só ofereceu apenas 75% do INPC do período e ignora a expressiva lucratividade da empresa e o papel essencial desempenhado pelos trabalhadores para esses resultados. A comissão da Livre rejeitou a proposta na integra.
Além de reivindicar a recomposição salarial compatível com a inflação do período, a Federação cobrou avanços em cláusulas econômicas e sociais do acordo, como benefícios, pisos salariais e melhores condições de trabalho. Para a Livre, qualquer proposta precisa refletir o compromisso da Vivo com o bem-estar e a dignidade de seus empregados, reconhecendo que o crescimento da empresa só é possível graças à dedicação diária da categoria.
Durante a reunião, os dirigentes da Livre destacaram a necessidade de transparência nos números e de respeito à negociação coletiva, alertando que a categoria está mobilizada e acompanha com atenção cada passo do processo. A atuação firme e unida da Federação Livre expressa o compromisso de garantir não apenas a manutenção, mas a ampliação de direitos, reafirmando que os trabalhadores e trabalhadoras da Vivo são protagonistas nos resultados da empresa e devem ser tratados com reconhecimento e valorização compatíveis com essa contribuição. A próxima reunião fica agendada para o dia 30 de setembro de 2025.
